terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Jesus Cristo Nosso Senhor

Pequei, Senhor; mas não
por que hei pecado,
Da vossa alta clemência
me despido;
Porque, quanto mais
tenho delinqüido,
Vos tenho a
perdoar mais empenhado.

Se basta a vos
irar tanto pecado,
A abrandar-vos
sobeja um só gemido:
Que a mesma
culpa que vos há ofendido,
Vos tem
para o perdão lisonjeado.
Se uma
ovelha perdida e já cobrada
Glória tal
e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história,
Eu sou, Senhor,
a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não
queirais, pastor divino,
Perder na vossa
ovelha a vossa glória.
Gregório de Matos - o Boca do Inferno

2 O que vocês pensam?:

Unknown disse...

A realidade é que estou realmente viciada no blog da Simo, heheheheh.

Mas, como já havia avisado a ela, não comentarei esse texto, pois o meu intelecto não me permite!

Quem sou eu, pobre advogada mortal, para comentar um texto do poeta multifacetado Gregório de Mattos, vulgo O Boca do Inferno?

Mais conhecido pelos poemas sátiros, daí o apelido acima, também tem na sua obra poemas profanos/eróticos, elogiosos, líricos e, contraditoriamente, religiosos.

É engraçado ver como era "arrojado", acho que podemos chamá-lo de "multi-function".

Sei que ele morreu aqui na minha cidade, Recife, de alguma doença que eu realmente não lembro das aulas de literatura.

Liginha Arruda.

Anônimo disse...

Amei esse texto. Adorava as aulas de literatura! Pena q esqueci quase td...
Bjooo
Nati