sábado, 29 de agosto de 2009

Machu Pichu

Faz alguns dias que estamos no Peru. Estou completamente entorpecida pelas belezas desse lugar. Mas nada se compara ao que vivemos ontem.
Eu e F saímos cedo do hotel, alimentados e prontos pra uma caminhada completamente sem ar. Mas nos dispusemos a isso e fizemos. Nosso guia nos prometeu histórias fantástica durante a subida. Fomos para Machu Pichu por uma trilha diferente da costumeira. A princípio achei estranho, mas como não confiar no homem que amamos? F já tinha feito essa trilha antes e disse-me que valia mesmo a pena.
De fato percebi já no primeiro contato com o guia que os dois eram velhos amigos. Além de nós, estavam Claudia e Julio - amigos de muito tempo. Julio, F e o guia relembravam a última vez que haviam estado juntos e tudo parecia muito bom, pois riam exageradamente.
A caminhada foi bem mais difícil do que eu esperava, mas os rapazes foram bem compreensivos comigo e com Claudia. F muitas vezes me olhava sabendo que eu estava quase morta e querendo parar. Mas ao perceber em seus olhos que existia algo especial pra irmos com esse guia não podia deixar de me animar e continuar.
Depois de horas de subida exaustiva chegamos a um platô. Logo alí estaría Machu Pichu era só chegar na beira... No entanto Juan, nosso guia, segurou-me pelo braço e pediu que esperasse... Chamou Claudia e nos pediu que fechássemos os olhos. Com um pouco de medo, mas com a certeza de poder confiar nos rapazes, fechamos os olhos e fomos guiadas até a ponta do platô, sempre com a recomendação de manter os olhos fechados. Ao estarmos no lugar certo, Juan disse:
-- Podem abrir os olhos.
E ao perceber que estávamos com os olhos abertos continuou:
-- Bem vindas à terra dos meus antepassado...
Fiquei sem ar. A visão que estávamos tendo da terra lá em baixo era incrível. Machu Pichu me pareceu muito mais espetacular que qualquer outro lugar no mundo. Percebi que F chegou perto de mim e segurei sua mão. Quis que aquele momento fosse meu e dele pra sempre. Olhei em seus olhos e ele pode ver a lágrima que havia formado no canto do olho.
-- Obrigada...
Foi o que consegui dizer...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Segredo de uma ilha polinesia

-- Ei, bom dia!
-- Bom dia!
-- E aí, vamos?
-- Vamos onde com esse monte de roupa!? Vai à praia de tenis?
-- Ah, baixinha, hoje nada de praia, não aguento mais essa vida de tira areia daqui, tira areia dalí... O taiti não é feito só de areia não. Vamos... Te arruma... E põe uma roupa pra uma caminhada.
-- Longa?
-- Hum... Preparei um lanche pro caminho... Vamos que o guia está esperando.
-- GUIA!!!
-- To esperando lá no hall.
-- ...
Desci pro hal do hotel. Lugar bastante confortável e cheio de turistas... Muita gente aproveitando a praia. O Taiti é famoso por suas belas praias... Ontem à noite estivemos em uma festa destas típicas de filme... Muita musica e cada drink maravilhoso... Nem sei como consegui parar de beber!
Depois de alguns minutos de espera desce minha companheira nessa aventura.
-- Simo?
-- Ah legal, vamos!
Com uma cara bastante curiosa mas sabendo que não ia mesmo dar detalhes, Mírian me segue pelo saguão do hotel até a frente onde nosso guia nos espera. Entramos num jipe e tomamos um caminho bem contrário da praia. Chegamos em um lugar onde alguns turistas também estavam preparando-se pra começar a caminhada.
-- Mírian, trouxe repelente?
Ela apenas olha pra mim e faz aquela famosa caretinha que eu tanto adoro. Quando ela viu que eu estava disposta a caminhar sabia que incluia algum tipo de mato e claro, pos na bolsa o repelente.
Começamos a andar. A trilha era bonita o suficiente pra me deixar quieta pela jornada. Fotos. Paradas. Minha mente viajava por lugares muito longe dalí mas de lembranças especiais. Uma vez ou outra olhava pra ET certificando-me que ela ainda estava por perto e sabia que ela estava bastante curiosa pra saber onde eu queria chegar.
O barulho da mata é sempre inconfundível. A mata não é quieta como alguns pensam, mas não tem o barulho "estranho" das cidades... Pássaros, cigarras, grilos.... O vento nas árvores. Quando a gente para de se mexer ou de falar dentro de uma floresta, e fecha os olhos, pode escutar tanta coisa.... E o cheiro da mata, é bastante interessante...
-- Simo, você realmente não vai me dizer onde vamos?
Olhei e sorri:
-- Estamos chegando.
Mais alguns minutos de caminhada e o barulho conhecido do rio correndo nos encheu os ouvidos e percebi com alegria que Mirían passou a desconfiar onde eu queria chegar. Mas quando abrimos a cortina de vegetação que nos levava ao lugar encantado onde o rio arado deságua em uma de suas muitas cachoeiras...
-- Chegamos - disse sorrindo.
-- ...
Passamos a tarde por ali e voltamos á noite para o Hotel. Meu coração estava feliz demais para dizer qualquer coisa pelo caminho...


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Vegas

-- E aí!? Bonito?
-- Haha... Chegue aqui pertinho pra ver!!
-- Araaa, to vendo daqui mesmo!
Estamos em plena Stratosphere - considerada a Torre mais alta dos EUA. Em plena Vegas... Sim Las Vegas.
Ontem andamos pela noite iluminada dessa lugar. Vocês precisavam estar aqui. Queria estar em alguns cassinos, mas nada de levar menores na jogatina.
-- Siiii, vem ver isso...
-- ...
-- É muito lindo...
Aproximo-me devagar, o lugar é alto mesmo... Sentamos perto do vidro, a uma distância segura o suficiente pra mim...
-- Bonito mesmo...
-- ...
-- Ei, tá pensando no que?
-- Ah... Sei lá, Si...
-- Anda... Me ajuda vai... Não me deixa sem papo.
-- Esse lugar é tão legal. Olha essa paisagem... Se a gente sair da cidade nao existe nada. É deserto e pronto e mesmo assim estamos aqui... Nesse lugar lindo...
-- E alto!
-- rsrs
-- rsrs
-- ...
-- ...
-- Ei, se um gênio dissesse pra você agora que tem direito a um único desejo. O que você pediria?
-- Hum Ver o Paraná ser campeão brasileiro...
-- ...
-- Que!?
-- Tamo mal mesmo... Pedir isso pra um gênio!!!!
-- ahuahua
-- huahau
Ela me cutuca e eu só rio. Como é bom ter essa idade.
-- Vamos?
-- Mas já?!
-- É que se não formos não dá tempo.
-- Tempo? Onde vamos?
Entrego um envelope pra ela com duas entradas. Ela abre o envelope. Vejo o olhinho dela brilhar como vi no dia em que mostrei os ingressos da Debora Kolk...
-- Nós vamos ao Cirque du Soleil!!!!!
-- Ver o espetáculo LOVE. Com a música dos Beattles... Boa música, bom espetáculo. Sei que você vai adorar.
-- ...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Começando a viagem

É noite. Estou bastante cansada do dia que tivemos. Caminhamos pela ilha em todas as direções e já é nosso terceiro dia aqui.
Noronha é fantástica. Ontem fizemos um mergulho, vocês não iriam acreditar se eu contasse as coisas maravilhosas que eu vi em baixo d'água... Queria poder descrever pra vcês a sensação de nadar ao lado de uma arraia... E os peixes!!!! Pessoas, vocês precisam vir pra cá e ver os peixes...


As tartarugas... Uma mais enorme e horrorosa que outra... Horrorosa sim, porque apesar de serem bichos bastante interessantes são muito feias!

Mas o mesmo não consigo dizer dos golfinho... Não sei se sabem, mas é proibido mergulhar com os golfinhos em Noronha, no entanto, quando estávamos mergulhando eles se chegaram... Uma familinha.... Tão queridos, elegantes e lindos... Sei de alguém que ia adorar vê-los de onde eu vi!

O mergulho foi interessante, principalmente nos primeiro momentos onde, antes de curtir tive que lidar com minha claustrofobia... Ao entrar na água, quando tudo aquilo lá em cima fica realmente pra fora, escuta-se um silêncio estranho aos ouvidos... A pressão da água tb é um pouco estranha, mas logo respiro fundo (estranho dizer isso neh) e aproveito o passeio ao lado do instrutor... Foi incrível...
A caminhada de hoje!? Bem, não posso negar que as caminhadas são meio dolorosas, pra mim mais ainda, eu não nasci pra caminhar, canso de dizer que andar machuca e é perigoso... Mas vou mostrar algumas fotos que conseguimos sacar das caminhadas pra vocês se deliciarem e decidirem se vale a pena ou não caminhar por aí! Os passeios vão desde pequenas caminhadas por pedras chatas até lugares de onde se podem avistar os queridos golfinhos e até rir um pouco...



Como já disse, esse é nosso 3º dia por aqui, mais dois e nos vamos... Mas é certo de que essa é uma dica incrível de viagem pra vocês...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A idéia

-- Hey, tá dormindo?
-- Até estava, né! (Com a voz sonolenta do sono despertado)
-- Hum... Desculpe.
-- ...
-- ...
-- Tá, Mang, já me acordou. Não vai dizer nada? (voz quase colérica)
-- Ai, que bom que você está acordada... (já ascendendo a luz do abajour)
-- Meu Deus, Mang, por que isso e - olhando para o relógio - a essa hora!!! (desanimadamente)
-- Olha só, tive uma idéia e preciso saber se topa!
--Fala logo... (bastante irritada)
-- Vamos fazer viagens?
-- ... ???
-- Tá, explico melhor: a gente podia fazer algumas viagens. Países, cidades, lugares... E escrever sobre isso...
-- Hum...
-- Hum??
-- ...
-- Meu Deus, ACORDA!!
-- Caramba, Mang, a gente não pode dormir e decidir isso depois?
-- Não. É que se você topar começamos logo a planejar.
-- Hum...
-- Hum??
-- (Já sentada na cama) Ai saco!! Tá, deixa ver se eu entendi: Você quer que a gente viaje pelo mundo e escreva sobre nossas viagens? É isso?
-- É (totalmente empolgada)!
-- Mas continuamos do mesmo jeito? Não dizemos quem foi aonde, deixando isso pros nossos leitores?
-- AHAN (praticamente histérica)
-- ...
-- ...
-- Tá, tá bom. Eu achei a idéia maravilhosa.
-- Jura!!! (Já acordando os vizinhos)
-- Sim.
-- Que ótimo!!! (acordando o bairro todo)
-- E agora sai do meu quarto que eu quero voltar a dormir.
(Apago a luz de cabeceira e deixo o quarto no escuro)
-- ...

domingo, 23 de agosto de 2009

Sobre o fim das coisas

Hoje acordei ansiosa, queria uma coisa. Muito mesmo. Mas acho que não terei...
A sensação é de um vazio, um vazio que não poderá ser preenchido por nada nesse mundo... E aí me pus a pensar sobre o fim das coisas.
Uma pena, mas a verdade é que tudo chega a seu fim. Vejamos aquele livro maravilhoso que estamos lendo. A gente está super empolgado com a história até que POW... Vira-se a última página e acaba o livro.
Ou aquela pera super deliciosa... A gente chega a morder pedaços menores só para que ela dure pra sempre... Mas ela acaba também... É assim com tudo. Aquele filme que você adora. Aquele seu seriado preferido. O fim de semana. A boa fase do seu time... seu chocolate favorito... A música que te faz balançar, o texto que você se propoe a escrever... O cochilo de depois do almoço, o bom sono da noite... Uma saída com os amigos... Uma saída com o homem da sua vida... Tudo aquilo que é perfeito pode acabar.
Eu pensava que existissem coisas eternas. Mas nesse momento acho que não existe. A coisa que eu mais presava nos últimos tempos está quebrada e parece que vai deixar de existir se não for feito algo urgente... Mas... Parece que o querer de uma pessoa não será suficiente pra arrumar o muro que ruiu... Que se acabou...
Hoje eu acordo com a tristeza de descobrir que aquilo que eu achava que era de pedra sólida não passava de um compensado, desses que a gente usa em divisória de escritorio... Talves eu já soubesse a mais tempo mas quis me enganar, me esforcei pra que não chegasse ao ponto de dizer "parece que é o fim", mas ao que tudo indica chegou... Ou ainda, pode ser apenas a transição como se fosse uma coletânea de livros e a gente está num intervalo, entre um livro e outro... Sabem, na espectativa... Acho que é assim que me sinto... Nas cenas do próximo capítulo da novela...
A única coisa que me conforta é saber que, da mesma forma que coisas boas chegam ao seu fim, as coisas ruins também chegam. Pena que a sensação é a mesma...

sábado, 22 de agosto de 2009

Espaço


Quando ainda estava na faculdade, alguém me convidou, e não foi nem uma nem duas vezes, pra entrar pro convento...
Muitas vezes eu fiquei pensando sobre isso e se realmente era isso que esperavam de mim... Mas descobri com alívio que não servia para a vida do claustro. E é exatamente por isso, pelo confinamento, pela restrinção que viveria dentro dessa vida que disse não. Será um absurdo pensar desse jeito?
Creio em algo. E para isso dou o nome de Deus. Mas não creio que Ele me fez pra viver uma vida religosa ao ponto de abrir mão do dom mais precioso que Ele me deu (pelo menos assim creio) - O "livre arbítrio". Posso estar julgando mal uma coisa que não conheço a fundo, mas muitas vezes vi meus amigo tendo que dizer não para coisas simples como ir tomar sorvete comigo porque tinham que ter autorização. Ou ficar até mais tarde conversando porque estavam sendo vigiados.
Acho válido algumas escolhas, servir é um delas. Abrir mão da familia para servir toda uma humanidade é algo que me encanta, mas a que preço!? Sei que quem decide por isso é feliz de verdade, pois serve a seu Deus dessa maneira. Mas não serve pra mim.
Gosto de falar do que quero, de estudar o que quero, de ter horários só meus e outros que posso compartilhar com amigos, família. Gosto de poder "questionar" sem ser pressionada por uma hierarquia que também é pressionada...
Incrível como pra mim uma palavra pode exprimir tão bem o que é viver na vida religiosa - claustro. De fato, acho que nunca havia parado pra pensar nisso dessa maneira, mas parece que é bem isso. Um limite, um limite que eu nunca estive pronta pra ter, e olha que os que me conhecem sabe que tenho milhares de limites...
Servir é algo mágico e despretencioso. Não é preciso viver enclausurada para fazer. Aliás, acredito ao contrário, quanto mais se vive livre, melhor se pode servir. Servir ao outro, olhar ao outro. Perceber o outro. Sentir onde se pode ser útil e onde se está passando do limite (mais uma vez ele aí)...
Será que desenvolvi o medo claustrofóbico por pensar assim? Não posso nem imaginar entrar em um elevador que já me dá um suador. Tenho medo que ele pare e eu fique presa por horas dentro daquele espaço ínfimo onde cabem, às vezes, apenas 6 pessoas... Não consigo nem tomar banho com a porta fechada na academia porque o espaço é muito pequeno...
Hum, parece que ter espaço é importante pra mim. E talvez o seja pra todos...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A festa

Estava ansiosa hoje. A festa é super importante para a gente. O chefe fez questão da presença dele.
Às seis da tarde resolvi que era hora de começar. Enchi a banheira e claro, peguei o livro e a musica e fui pro banho... Uma hora, como sempre...
Ao sair do banheiro ele já estava no quarto vendo a roupa que usaria... Nunca me deixou separar as roupas dele. É meticuloso demais com algumas coisas. Me deu um beijo e foi para o banho...
Eu ainda de roupão comecei os preparativos, maquiagem sempre dá trabalho. Cabelo. Tudo tinha que estar perfeito. Escolhi minha melhor essência no prateleira dos perfumes - nada muito doce, nada muito chamativo; delicado e perfeito -, peguei o vestido que havia separado e olhei em volta, ele já havia descido e pelo som que vinha lá de baixo havia ligado a tv para me esperar...
-- Ele deve estar com um copo de licor na mão - pensei satisfeita por conhecê-lo tão bem.
Terminei de me vestir e desci para encontra-lo. Quando cheguei na sala ele me olho e sorriu. Ele estava lindo em seu paletó cinzento... Combinação perfeita entre camisa, sapato e gravata... Ele realmente sabia o que fazia quando se tratava de vestir-se bem. Olhei para a mesa de centro da sala e lá estava o copo de licor, não pude evitar o sorriso.
-- Pronta?
-- Sim, pronta.
Saímos felizes. A noite estava começando.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dia daqueles


Sabem aqueles dias em que a gente acorda e pensa em tudo que tem pra fazer e mentalmente, antes mesmo de sair da cama, faz os cálculos de como fará e de se dará tempo?Hoje foi um desses dias.
Ontem, quando fui deitar chovia a cântaros por aqui e já tinha pensado que os planos teriam que ser mudados totalmente. Quando despertei vi passar pela fresta da cortina - ainda improvisada - os raios do sol que brilhavam lá fora. Me animei. Dei aquela espreguiçada básica. Ele já havia saído há pelo menos 1 hora, então usei toda a cama nesse processo.
Aí pensei em todas as coisas que tinha que fazer; e já que estava um dia de sol daria tempo de fazer mais coisas do que eu imaginava ontem à noite. Virei de lado, peguei o controle da TV, liguei. Com a TV ligada me levantei e liguei a água da banheira, um dia como aquele merecia um banho bem relaxante antes de começar. O sol, apesar do friozinho que sentia, me deixava contente.
Enquanto a banheira enchia eu fui buscar meu livro e o meu cd preferido pra por no rádio. Passei pela TV. Sorri com um comercial e voltei ao banheiro. Devo ter perdido ao menos uma hora no banho. Adoro ler na banheira.
Fui pra rua. Mercado, escola, restaurante com as amigas... Depois do almoço aproveitamos as risadas no restaurantes e esticamos num cinema. Filme novo no mercado. Diversão para um grupo de amigas looooooucas por cinema.
Quando saímos da sala de projeção um frio passou pela minha espinha. Olhamos o sol pelo teto do shopping e descobrimos que nosso querido sol tinha ido embora. A chuva já havia começado, primeiro fina, como alguém nos informou na saída, mas agora o que vinha do céu era o princípio de mais um dilúvio. Entramos no carro e resolvemos ir pra minha casa, pois todo nosso planejamento estava indo por água a baixo - literalmente. Nada mais de parque à tarde... Nada mais de fotos das pessoas correndo pelo parque.... Tudo perdido por conta de um temporal inesperado.
-- Isso que dá, não acreditar nas previsões!!
-- ...
-- ...
-- ...
Todas rimos do comentário maluco, e fomos pra casa continuar a conversa... Parece que não há tempestade nesse mundo que estrague nosso humor!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Posse

-- Amiga, o que você acha de uma sopinha de cenoura hoje à noite?
-- Perfeita pra mim... Passa aí esse faca, quero cortar um pedaço desse salame aqui...
-- Aqui.
-- Obrigada!
-- Experimenta, ve se ficou muito forte.
-- ...
-- ...
-- Huum, perfeito!
-- Vou pegar o cooler, já volto.
-- ...
Quando fiquei só na cozinha olhei pela janela e vi a coisa mais engraçada desse mundo. Ele estava parado na beira da piscina enquanto o Gustavo estava preparando a máquina. Parei com o que estava fazendo e fui até a janela para observar a cena, mas me mantive escondida.
Ele fazia umas coisas com o corpo que eram muito engraçadas, enquanto Gustavo batia as fotos. Os dois estavam se divertindo muito. Ângela apareceu no quintal pra pegar o cooler e ele olhou pela janela da cozinha me vendo... Quando percebeu que eu o observava e me divertia com aquilo não teve dúvidas; abriu seu imenso sorriso em minha direção.
O sol, a piscina, o verde do jardim e a felicidade refletida nos olhos dele. Naquele momento em que sorriu para mim eu sabia que aquilo era exclusividade minha e que nenhuma outra poderia receber dele o que eu tinha...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Por do Sol

Estou aqui, deitada na cama com meu livro na mão quando meus pensamentos me levam pra longe do livro.
Fecho os olhos. Penso naqueles dias da viagem e de como foram bons. Dos amigos, dos passeios... Cada minuto aproveitado como único.
Nós dois sempre juntos, rindo, sonhando... Como foi bom passear de mão dada com você pra ver o por do sol... Ao lembrar disso meus olhos se abrem diretamente na janela, vejo através da cortina clara e sei que o por do sol hoe será lindo da nossa janela...
Sorrio com o canto da boca, um sorriso maroto... Olho para a prateleira e vejo seu rosto rindo pra mim na minha foto preferida. Decido aprontar as coisas imediantamente...
Levanto, desço pra sala, faço a lista do que precisarei e saio pras compras. Minha exitação é evidente e maior a cada instante. Sei que gostará do jantar...
Volto pra casa com o tempo necessário pra que tudo fique perfeito. Preparo as coisas pro jantar e subo pro quarto, quero tomar um banho antes que ele chegue. Passo de novo pela prateleira e dou uma piscadela para a foto - minha cúmplice.
Depois do banho ponho uma roupa confortável - mas bonita; arrumo a poltrona em frente a janela, pego meu livro e me sento pra esperar.
Quando ele chega, sobe até o quarto e me vê olhando pela janela. Sabe o que estou fazendo. Em silêncio, senta comigo na poltrona. Eu me recosto em seu peito para esperar o fim do espetáculo. Aconchegada alí, sussurro pra ele:
-- Quando teminar, vá tomar um banho enquanto termino o jantar...
Ele me beija carinhosamente e completa:
-- Trouxe um vinho pra acompanhar.
E o Sol termina seu trajeto no céu mais uma vez enquanto nos aconchegamos nos braços um do outro.

sábado, 15 de agosto de 2009

Limpeza

Continuando nessa fase de limpeza, hoje resolvi limpar a alma.
Muitas coisas estão aqui dentro presas ou encravadas como espinho a me machucar. Resolvi que é hora de tirar o pó e jogar algumas coisas fora.
Comecei pela gaveta do ódio. Tenho odio de algumas coisas, mas talvez isso seja importante guardar. Não gosto de falsidade, de inveja (apesar de algumas vezes sentir um pouco), detesto mal olhado, gente que não desempaca, música alta(sim sou velha nesse ponto) e falta de respeito...
Tenho raiva de algumas pessoas e isso precisa ser mexido também, mas ainda não estou pura o suficiente pra isso. Jogo umas no lixo, outras deixo aqui.
Na gaveta da mágoa tem também algumas coisas: Brigas mal resolvidas, telefonemas que não foram dados, visitas não feitas, palavras ditas e/ou não ditas. Tudo deve ir pro lixo. Afinal não me serve pra nada. Então hoje pego o telefone e tento ligar mais uma vez, quem sabe não suma de vez isso...
A gaveta da força de vontade tem muuuuito papel. Parece que uns estão se encaminhando enquanto outros precisam de mais do que força de vontade pra acontecer.
No meio do pó descubro a gaveta do desânimo. Caramba, quanta coisa. Deve ser jogada fora essa preguiça, esse mal humor... Não tinha me dado conta de quanta coisa tinha nessa gaveta.
Chego numa gaveta que parece ser importante, pois está abarrotada de papéis. Tem tanto papel que pra saber do que é a gaveta tive que abrí-la pois havia um preso bem onde estava o nome dela. Uma gaveta cheia de nomes. Nomes de amigos, de parentes, de pessoas que apenas passaram pela minha vida e que não mais estão. É a gaveta da saudade. Cada um alí dentro merece estar alí, pois de um jeito ou de outro mexeram na minha alma... Resolvo não jogar fora, pois sei que a saudade não é ruim e que muitas vezes me dá ânimo para prosseguir. Quem sabe não os reencontre...
Na gaveta da felicidade nem consegui mexer. Sã tantas coisas que não estaria disposta a jogar nem um papel sequer no lixo. Aliás, acho até que mandarei fazer outra gaveta pra ela, ou melhor, um gaveteiro inteiro só pra felicidade. Passarei no moveleiro hoje mesmo.
Depois de tudo limpo, de tirar o pó de muita coisa boa, e de muita coisa ruim, é hora de tomar um banho. Saio da minha alma com tudo que precisa ser jogado fora (ou quase tudo) e encho a banheira de água. Uma água quente e reconfortante. Ponho no lixo o que separei pro lixo e entro na banheira. Pego um livro e depois de um suspiro satisfeito viro para a primeira página.


OBS.: A figura é de Salvador Dalí: Figura com Gavetas (Oo)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Responsabilidade

Hoje estava mexendo nos livros e encontrei um com gravuras de pintores famosos.
E lá estavam eles: Dali com seu "Santiago El Grande"; Goya e seu "Auto retrato"; van Gog trazendo seus "Girassóis"; Tarcila e o "Abaporu"...
Mas estava lá também Picasso. Quando olhei a gravura de "Guernica" algo saltou em mim. Um momento das aulas de história veio a minha mente. Mas não era possível... Pois na escola não estudávamos essas coisas... E não era mesmo. O que me veio a lembrança não foi aquele 26 de abril de 1937, mas os dias de hoje e de como as coisas não mudaram tanto desde então.
Antes atribuía-se aos nazistas certos horrores, e hoje? Para quem mandamos a culpa? Será que quem se diz bom é realmente bom? É realmente "democrático" impor a democracia para alguém? Por quanto tempo algumas nações sentirão-se o umbigo do mundo e/ou não aprenderão com seus próprios erros?
A Guerra pra mim, nunca é a melhor solução. Mas a sede pelo poder é inerente no ser humano. Não é a toa que se diz que se realmente quer conhecer uma pessoa, dê-lhe poder...
Fechei o livro com uma sensação de aperto. De dor. Será que eu, com minha pequenez, também não faço uso do poder que tenho?
O que será pior: usar uma bala pra dominar ou a sabedoria?

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A carta do plástico

Ontem resolvi mexer em umas coisas que temos guardadas. Minha vida não foi fácil.
Subi ao sótão e lá estavam aquelas pilhas de caixas e decidi que precisava de uma limpeza drástica. Vesti minhas luvas, pus a máscara no rosto e lá fui eu... Mãos à obra...
Numa altura encontrei uma caixa de cartas. Cartas minhas e dele. Resolvi mexer em algumas pra ver o que encontrava.
Histórias de nossas vidas. Amigos, irmãos, viagens... Tudo alí em papel braco, amarelo, azul... Papel de hotéis, envelopes diferentes, selos de todas as partes do mundo. Estava fazendo uma viagem incrível, até que encontrei uma carta especial...
Estava enrolada em um plástico diferente, um que a protegia do tempo. Que a protegia de muitas coisas... Eu não a conhecia e fiquei curiosa... Cuidadosamente tirei ela do plástico e do envelope logo em seguida, mas quando vi o papel lembrei imediatamente dela.
Cada coisa que já vivemos veio à minha mente. Voltei ao tempo em que as coisas do mundo não eram tão sérias, pelo menos para nós. Era a minha primeira carta. A primeira carta que escrevi pra ele. Li com calma e com carinho... Lágrimas escorreram pelo meu rosto pois desde aquele tempo já o amava. E sabia que me amava...
Nunca fui tão sincera com alguém como com ele. Cada palavra que foi escrita naquela carta retomou um pedaço de mim esquecido. As lágrimas escorriam pelo amor intenso que sentia quando sinto um leve toque em meu ombro:
-- Acho que o pó desse lugar não te fez bem.
Olhei pra para ele como quem olha para a sua própria vida. E num sorriso escondido pela máscara respondi.
-- Te amo, sabia?!
-- ...
-- ...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Calendário


Hoje é 12. Doze de agosto. Ainda ontem, ao menos parecia, era Janeiro e quando abri os olhos hoje era 12 de agosto.
Tudo passa tão rápido que muitas vezes ficam coisas para trás. Fica um telefonema que não foi dado, um abraço esquecido, uma viagem não feita... Ficam as horas conversadas, os vinhos tomados, os sorrisos e lágrimas com os amigos...
Mas tudo é tão rápido e muita coisa é tão efêmera que quando vemos já foi. Quisera eu viver em um tempo em que calendários não existissem. Em que as obrigações fossem menores e os desejos maiores. Um tempo em que ao sentir fome comia-se, ao sentir sede, bebia-se, e o resto ia-se fazendo aos poucos...
Queria ter tempo pra sentar com cada um dos meus amigos e agradecer pela presença deles. Sentar ao pé de uma fogueira e esquecer do tempo. Mas não do tempo em si, mas sim do tempo humano. Desse tempo preso em regras, horas e datas que nos obrigam a estar em lugares e a fazer coisas que nem sempre queremos. Esse tempo humano implacável que nos leva ao fim antes mesmo de querer chegar lá.
Desejo o tempo do saber, o tempo da loucura, o tempo que não se prende dentro de uma máquina chamada relógio, que a despeito de ser uma invenção incrível, nos obriga a estar sempre olhando pra ele.
Hoje me dei conta ao acordar que é 12 de agosto, já passamos da metade do ano, e eu fiz apenas metade das coisas que queria... Nessa semana que vai pela metade, já tirei tempo pra tudo, até ler. Mas infelizmente para isso abri mão de outras coisas que gostaria de ter tempo pra fazer...
Mas no fim, acho que tudo bem, afinal tudo tem seu próprio tempo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Reconhecimentos

Prezados Aluizio e filhos

A gente não se conhece... Meu nome é Rita Maria Küster Boni. Sou neta do João Zarpelon Küster (o Nano), sou filha da Raquel.

Desde pequena ouvi meus avós e meus pais falarem com muito carinho da Luciana. Desde cedo relacionei seu nome como o de alguém que faz a diferença onde está, onde vive e com quem vive.

Nos lugares onde vivi, especialmente em Curitiba e lages, muitas vezes alguém me perguntava se eu era parente da Luciana, por causa do "Küster" no nome. E como era gostoso dizer que sim. As pessoas sempre tinham nela uma referência boa, de humanidade, de compromisso com grandes causas, de boa amizade.

Sei pouca coisa sobre como correu sua vida nos últimos anos. Das poucas vezes que me encontrei com ela, tenho boas lembranças. Só sei que ela fez parte da rede intrincada de pessoas, atitudes e valores que a gente herda, e que faz a gente ser o que é. Fez parte de um jeito muito próprio e muito bom.

Nem sei bem porque estou escrevendo isto a vocês. talvez porque eu sinta que seja importante saber quem é quem neste mundo tão carente de pessoas de garra, de luta pela vida.

Agradeço a Deus por ela ter existido.

Deixo aqui meu abraço a cada um de vocês.

Irmã Rita Maria


Todo reconhecimento por ela e pra ela. Por isso posto, minha avó merece.

domingo, 9 de agosto de 2009

Pai

O dia hoje amanheceu bonito. Céu limpo. Tempo aconchegante. Perfeito para o dia dos pais.
Pai. Dia dos pais. Foi-se o tempo em que eu preparava na escola os meus presentinhos e agora adulta não consigo dar mais os presentinhos...
Já passamos por muitas coisas juntos. Mas ultimamente a vida separou a gente em lados estranhos. Quisera eu compreender as coisas de maneira mais fácil e talvez assim meus presentinhos chegariam com mais frequência.
O meu coração sente-se partido ao meio, pois ama os dois lado da moeda e tenta compreender as coisas da melhor maneira possível, mas não consigo. Amo você e sinto falta da sua presença constante e das risadas e dos jogos do timão e de alguém falando coisas em espanhol e das comidas e das tardes de domingo em frente a tv tentando roubar o controle sem te acordar.
Das quantas vezes você reclamou que eu combinei as coisas em cima da hora sem ao menos falar com você. das vezes que foi me buscar nas festas e das vezes em que não foi mas ficou esperando acordado até eu chegar.
Quisera lembrar do tempo em que eu só dormia depois que você me levava para uma volta de carro. Mas lembro de você todas as manhãs com o creme de barbear no rosto acordando a gente. Ou de um tempo em que você fazia tutu de feijão ou ovos mexidos no café da manhã antes de irmos pra escola.
Nesses dias tristes que to passando sinto falta do teu abraço. E da tua presença. Sou apenas uma criança precisando de colo, mesmo aos 33 anos de idade. Queria muito que o tempo voltasse. Muito mesmo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Despertar


A coisa mais estranha desse mundo é quando acordamos com o telefone tocando no ouvido... Mas é tão bom perceber uma voz amiga e conhecida do outro lado...
Eu adoro o som da sua voz, e ser despertada por você sempre me traz coisas interessantes a memória...
O dia em que nos falamos pela primeira vez, o timbre do seu oi ressoou em meu cérebro... Quase fiquei sem chão... Sua voz é terna, volumosa, tem a altura certa para mim... Quando te escuto meu corpo treme, meu coração dispara, o sangue em meu corpo circula como fervura na panela...
Você apenas me diz bom dia e conta que está tudo bem... Desligamos.
Levanto, tomo banho e sigo meu dia. Um dia mais feliz por ter sido despertada por você.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Epitáfio



"Aqui jaz o SOL".
Vinícius começa seu Epitáfio assim, e eu também. Porque é assim que sinto.
Aos 3 dias do mês de agosto do ano corrente de 2009, o meu Sol morreu. A mulher que eu aprendi a chamar de avó, depois de uma longa luta de vida e pela vida morreu.
Ela era meu sol, sem exageros. Era ela que lia meus textos e me dizia como eu era boa muito antes de qualquer idéia de blog. Era ela que me pegava pelo braço e dizia aos outros: "Essa é minha neta mais!". E eu sabia que não era apenas por eu ser a mais velha...
Minha avó sempre me supriu de muitas coisas: Cultura, carinho, broncas, coisas gostosas, pessoas importantes. Fez por esse mundo e Deus mais coisas que muitos outros mortais por aí. Tem biografia publicada na internet porque era imortante mesmo. Foi batalhadora de tomar partido mesmo. Brigou pelo que queria sempre.
Professora de biologia por causa da professora Helena Kolody - sim, foi amiga dela e me fez chamá-la de avó por ser quem eu era, neta de quem era - lessionou no Instituto de Educação do Paraná onde tem um laboratório com seu nome.
Viajou esse país afora para lutar pelo teatro e pela cultura desse país. E nunca, mesmo assim, deixou de ser esposa, mãe, avó....
Em qualquer lugar que passo em minha vida existe um alguém que conhece ou já ouviu falar no nome da minha avó. LUCIANA MARIA HELENA KÜSTER CHEROBIM. Nome de rainha, comprido, forte, sonoro. Sempre sonhei em poder dar orgulho pra ela, e sei que a cada dia batalhado em minha vida, cada passo acertado e cada passo em falso, ela teve orgulho de mim.
Sou o que sou. Sou neta dela. A neta mais...
Deixa meu avô aqui. O velhinho disse que em 57 anos de casados essa é a primeira vez que ela vai sozinha numa viagem....
Dona Lu tinha sim defeitos, como qualquer ser humano normal. Era teimosa, resmungona, mimada, turrona (parece que estou me descrevendo)... Mas o que mais me orgulhava nela era o grande coração, e foi ele no fim, que a levou... Dum sopro, morreu como viveu: nos braços do homem que sempre amou.

Em tempo: Leia também em Mergulhando na Virtualidade.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Música

Hoje soube da viagem de uma amiga. Ela se vai.
Vai, é verdade, em busca do destino, mas meu coração se parte ao saber as coisas da maneira como soube... Há dias a amiga anda nostálgica, triste a chorar pelos cantos. Eu, sem poder ajudar já que não sabia de fato o motivo, nada fiz.
Devia ter perguntado quando a vi outra noite no lago a observar a estrela polar o que lhe afligia o coração, mas não, apenas tirei do bolso minha flauta e toquei sentada a seu lado sem nada dizer... Sabia que chorava, mas não disse nada...
Lembro quando contou-me sobre as coisas todas da nossa cidade e como guiou meus primeiros passos incautos por aqui. Lembro da nossa primeira viagem juntas e das risadas que demos nos momentos de alegria e das lágrimas derramadas juntas na tristeza... Quantas vezes minha música não soou pra alegrar seu pranto ou pra sorrir com ela...
Agora ela parte para outra cidade... Como posso sentir tanta dor ao descobrir algo? Será que é porque só conheço uma familia por aqui. E ela pertence a essa família? Desejo que isso passe... Por isso toco minha música.

domingo, 2 de agosto de 2009

Jojoca

Amigos são sempre especiais, mas tem aqueles tipos que, do nada, aparecem na vida da gente por obra do destino e que a gente nem sabe como isso acontece...
Jojoca é uma dessas. Um dia louco da minha vida eu disse pra Geisa que ela podería usar o apartamento da praia do meu avô, que ele não se importaria de emprestar, como não se importou. E a Ge saiu de ponta grossa com uma turma no carro... Todos nós podemos imaginar o que foi aquele findis, 4 mulheres loucas e livres nas praia paranaenses... E eu ainda apareci por lá debaixo de uma chuva (pra variar) desenfreada de supresa.
Nessa conheci a Jo. Não sei bem o que acabou de fato nos unindo. Sempre conversamos e fomos nos conhecendo. A Jo é uma pessoa muito especial. Tem um sorriso lindo e é mega inteligente. Trabalha com umas coisas super mega octa legais mas que meu cérebro não alcança e tem uma garra incrível.
Louca, estressada, mas acima de tudo um amor. Sabe o momento certo de dizer as coisas, principalmente um obrigada, um de nada, um eu te amo,... Essas coisas que aprendemso com o tempo e aconvivência com as pessoas.
Sei que a Jo é cmpetente pra caramba e a vida mostra isso pra ela a cada instante. Saiu do nada que é a cidade que os pais vivem para alçar voos em Cadiz, na Espanha - por ela nesse instante sinto uma inveja arretada (rsrs). Isso só acontece para algumas pessoas. Para pessoas que tem o privilégio de serem abençoadas por Deus.
Jo, minha querida Jo, fico aqui imaginando o que dizer pra você que possa ser mais do que qualquer coisa que já te disse. Mas terei que ser sincera, masi do que isso, só ir até cadiz pra te dar um abraço. Não posso... Não ainda... Mas você sabe que meu coração está aí com você. Em cada novo fungo que morre, ou em cada nova tentativa, ou em cada choro de saudade, em cada abraço do "novos amigos"... Em cada carona, em cada momento de alegria e nos momentos que se sente sozinha também...
Meu coração sabe que você pode fazer e merece, por isso está onde está. Use as asas que Deus te deu para alçar voos cada vez maiores. Eu, aqui, no meu mundo mortal, estou sempre com o binóculo nas mãos pra te olhar...
Parabéns.