quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A dita - Retrospectiva

Hoje ainda não é 31, mas como esse blog entrará em recesso porque essa que escreve vai viajar por uns dias sem acesso à rede, resolvi escrever a "retorspectiva" hoje.
Esse ano começou bem, estive com amigas caras nos ano novo, e mesmo achando que me faltou o momento família de todos os anos, foi bom. Foram dias inesquecíveis em Floripa.
Chegou janeiro, e as coisas ainda iam bem. Tive o prazer de passar a primeira noite no meu quarto novo. Mas aí fui expulsa do quarto. (rsrs)
Recebi em uma casa recem reformada duas pequeninas que preencheram os espaços dessa grande morada dos Cherobim. Mírian e Elisa. Duas pessoinhas que a despeito de terem um tamanho pequenino são tão grandes que é difícil de encontrar palavras para descrevê-las.
Fevereiro foram outras emoções tamanhas. Minha querida Geisa - a bióloga que tem medo de aranhas - casou. Casou e foi pra longe, morar fora... Foi bom ver como a Ge não é mais uma menininha... Também casou a Ferpa - Ligia ou Liginha como ela prefere - que felicidade ver meus dois amigos - Ligia e Binho - descobrindo a vida de casados.
Uma coisa que me deixou triste em fevereiro é que nao pude ir na formatura da Rafa... Queria compartilhar com ela aquele momento mágico, e sei que ela me queria lá também, mas não deu, e por isso peço, mais uma vez desculpas pra ela (sei que ela me desculpou várias vezes já, mas é dor na conciência)
As coisas iam bem ainda, em Março voltei a Floripa. Finalmente visitar meu casal de amigos. Final de semana intenso como é nossa amizade.
Nessa altura, a saudade daquelas baixinhas que estiveram aqui em janeiro já era grande. Mas Elisa tinha motivos de sobra pra estar em Curitiba e veio mais uma vez. E eu, com um esforço e uma dor de cabeça que arrumei no trabalho, fui para Porto Alegre em junho.
Porto Alegre!!! O que dizer da minha viagem pra lá!? Ser hospedadas por duas queridas amigas, ver a Mine, conhecer a Grazi, jogo do Grêmio (sem gols), Carol e Pri - ah São Leopoldo - e uma volta de SL de carro com a Carol e o Marcelo que foi algo ímpar. Viagem linda. Pessoas lindas. Obrigada por estarem na minha vida.
Os meses que se seguiram não dá gosto falar. As situação ficou bem complicada. Minha monografia atrasada, problemas na escola, minha avó morrendo em agosto. Tudo parecia péssimo. Talvez nem o momento em abril, quando pensei em desistir e fui salva - heroicamente - pela pequena Formiguinha tenha sido tão ruim quanto os dias que se passaram depois da viagem para POA.
(Re)descobri que nem tudo que se fala é o que se sente e que para algumas pessoas amizade tem significado diferente do meu. Deixa de existir nesse ano algo que eu acreditava ser pra sempre. Uma pena, mas assim são as coisas, cada um tem as amizades que deseja ter...
Um ano difícil. Muito dolorido. Que termina com a esperança de tempos melhores. Sei que tudo o que passei tem um motivo de ser. Acredito que as coisas estão alí para mim e o importante é passar por isso e levantar a cabeça.
Vamos tentar terminar. Não posso mentir, esse ano foi o "bicho da goiaba", desesperador na minha opinião, mas o que me salvou foi poder contar com pessoas como a Leo, a Adri e a Lari, as Barradas, a Mine... Ao amigo Lula que se permitiu e me permitiu sermos confidentes... Até minhas aluninhas que pela primeria vez me viram perto de chorar na frente delas e quase surtaram com isso. A Sueli que me deixou presa no teleférico por 20 minutos. Não posso terminar o ano sem dizer MUITO OBRIGADA, assim, como diz a Ferpa - que também me foi importante - em letras garrafais, caixa alta pra que todos vejam como um letreiro...
Pro ano que vem? Hum... Desejo poder estar com todos que me querem bem - ou por perto - e que o ano que começa, para cada um dos meus - seja repleto de uma felicidade imensa e de coisas boas. Que as coisas ruins do caminho - porque elas sempre vêm - sejam solucionadas com o melhor da gente e que o sorriso esteja alí para aliviar a dor. Que todos nós tenhamos juízo, MAS que não o gastemo todo, pra sobrar um pouquinho pra nossa velhez (tá aí Mine)
Obrigada também aos anônimos que aqui chegam, compartilham e vão embora - mesmo sem uma palavrinha - espero que ano que vem vocês voltem...
Beijocas a todos e RECESSO, porque afinal, todos merecem um banhozinho de mar! :)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Aos óculos roubados

Roubaram os óculos de Carlos Drumond de Andrade e um amigo escreveu o seguinte texto:

Até agora, a única suspeita do roubo dos óculos de Carlos Drumond de Andrade,
que pode ser encontrado sentado em um banco da Av. Atlântica, na praia de Copacabana, é uma moça do corpo dourado que tem um balançado que é mais que um poema - é a coisa mais linda que já se viu passar.

Tão linda que se ela soubesse que, quando ela passa, até o Drumonzinho se enche de graça, enrijesse e balança a beira do mar, já teria roubado seus óculos a mais tempo. Mas a estátua que homenageia o grande escritor e poeta Carlos Drumond de Andrade está de braços cruzados sobre as coxas para esconder a prova de seu desejo pela moça do corpo dourado do sol de Ipanema que resolveu desfilar sob o sol de Copacabana e que veio roubar o seu óculos por sentir-se cobiçada pelo poeta que, sem eles, deixa de apreciá-la e de escrever seus maravilhosos poemas.

Após vários testes feitos com o poeta: morenas, loiras, ruivas mulatas, e até um quase mulher para tentar confundí-lo. Decidiram que o poeta já está em plenas condições de receber seu óculos novos. Claro! Ele não vê nada sem eles!

Irão colocar uma câmera. Para que seus óculos não sejam roubados novamente? Ou para ver entre suas pernas quem é a moça do corpo dourado do sol de Ipanema?


Texto: Tito Lys

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Prece


Hoje estamos a caminho da praia, a casa foi inteiramente limpa e está nos esperando. O ano que passamos foi bem complicado, difícil mesmo.

Estamos cansados, eu durmo o caminho pra praia enquanto ele dirige. Hércules está no banco detrás dentro da sua casinha de viagem muito bem presa ao cinto do passageiro.

Quando acordo já estamos lá.

A casa fica à beira mar. É grande, dois andares, temos um quarto em cima, todo branco... Desço, ajudo ele com as coisas, solto Hércules no jardim cercado especialmente por conta dele.

Depois de tudo descarregado, enquanto ele lida com umas coisas na garagem, pego um livro e vou até a beira da praia, é o quintal da nossa casa, e sempre é meio solitária, mesmo no verão...

Ao longe vejo umas criançs brincado, os pais ao lado. Já passa das 17, pouca gente ainda está circulando... Abro minha cadeira perto da casa, embaixo da sobra aconchegante da velha árvore que papai plantou...

Ponho na cadeira o livro e a toalha, tiro os sapatos e como já está o sol se pondo vou até a beira da praia. Molho os pés, sinto o frescor da água salgada aos meus pés e respiro o ar vindo do oceano. Olho no horizonte e o sol está dando seu adeus. Faço uma prece. É tempo de renovação.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Leveza feminina


-- Bom, fazemos assim, vamos ao hotel deixamos as malas... A Leo vai almoçar não sei bem com quem, mas aí encontra a gente perto da loja.

-- Ta.

Assim, eu e Liginha - que passou uma noite aqui em casa com Binho - vamos depois de deixar as malas dos dois no hotel, em direção à Praça do Homem Nú encontrar com a Leo.

Quem fará compras sou eu, mas não resisto à possibilidade de levar duas "personal stilist" comigo. Já no entrar na loja começa a diversão, e quando vejo as duas têm montes de roupas para eu experimentar.

Vamos ao provador, escolho logo o do último andar da loja pra ter sossego, odeio lojas cheias e apertadas.

As duas sentam no chão ao lado de fora enquanto eu desfilo os modelitos:

-- Hum - de dentro do provador - esse nem vou mostrar, apertado... Outro...

-- Ei deixa eu ver...

-- Ah faz isso - mexe numa gola...

-- Olha experimenta essa, aí se ficar boa você tira essa florzinha...

Assim vamos por hora enquanto eu experimento e elas se divertem lá fora do provador... De repente escuto a reclamação:

-- Nossa, que calor...

-- Calor - eu de dentro do provador - nem acho que esteja tão quente assim...

-- Ah, isso é porque hoje você está mais leve que eu.

-- ...

-- ...

-- ...

Foi apenas o tempo de eu colocar a cara pra fora do provador para rolarem as risadas.
-- Como se isso fosse possível!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O dia de ontem

Dia 24 de Dezembro de 2009. A casa acordou cedo, pois muitas coisas precisavam ser feitas. Havia a casa toda pra arrumar, um café da manhã pra ir, uns presentes de última hora pra comprar, pernil pra colocar no forno, enfim, todas essas coisas de festa que precisam ser arranjadas...
-- Bom dia!
-- Bom dia! Filha, vem tomar café, aí quero que você tire a papelada da mesa alí que vou arrumar os pratos... Tem que terminar a iluminação do jardim, e....
-- Tia, eu tenho o café da Leda pra ir!
-- Ai, é verdade havia esquecido, vê se não demora pra voltar...
A arrumação começa, guarda uma coisa alí, guarda outra lá, tira o presépio pra por no jardim...
-- Alguém sabe se as luzes da Sagrada Família está funcionando?
-- ...
-- ...
-- Ok, vejo quando voltar, vou tomar um banho...
Saio pro café da Leda:
-- PUTZ, o presente!!!!!!!
Volta pegar presente e corre pro café. Festa boa, já tem uns 10 anos (talvez mais,talvez menos) que ela faz o café. Pelo menos é certeza de um enconro por ano...
-- Meninas, tenho que voltar pra casa, aquilo deve estar fervendo...
-- Eu te levo...
-- Então vamos...
Já em casa vou direto pras luzinhas...
-- Oh, alguém viu o conjunto de luzes azuis que piscam? Sei que tem...
-- Ah, acho que estão aqui...
-- Ui que bolo... Deixe comigo... AAAAAA, faltam estensões... Vou alí buscar...
Tudo pronto lá fora, luzes testadas embaixo de chuva mas funcionando.

-- Ai, quase 6 horas, preciso fazer o video com as fotos...
Outra correria, WMM que não funciona, trava, não salva... Começa tudo de novo, e vai, tira efeitos de transição... Salva...
-- Ai, quase 7 tenho que tomar banho, o coral fará o aquecimento às 7 e 15...
Salva como dá... Irmã acerta o dvd, não passa, decido de outra maneira.
O coral na missa como sempre lindo, Deus ajeita as vozezinhas do povo...
Voltamos pra casa e o povo está à nossa espera. Quase na hora do vozão começar. Às 10 horas ele começa.
-- Seguindo a tradição, a Simone lerá a passagem bíblica...
Leio com um sentimento diferente esse ano. Minha vó não está... Na sequência o vô faz a reflecção, conta a história do Nono e de como ele foi entrevistado por uma equipe de tv uma vez e disse pra eles que o melhor presente da vida dele estava alí, a família, todos em volta dele, com a alegria típica de uma família italiana...
-- ... O que eu quero que vocês entendam é que não sou eu ou a Luciana (minha avó) que mantem vocês juntos, mas sim essa coisa de família que é o que somos...
Aí aproveitei a deixa, passei o meu video... Rimos bastante e o vô começou a entrega dos presentes... A bagunça começa aí... Um mais barulhento que outro, e tudo fica mais divertido quando se começa a experimentar os presentes... A entrega termina com a cadeira de praia da tia, que imediatamente é armada e usada (rsrsrs)...
Depois disso vamos pra cozinha, a ceia, muita comida boa, afinal italianos lembram!?

Eis que meio da confução que estava a ceia chega com sua roupa "leve e fresquinha" nosso bom velhinho de sempre, Papai Noel. A festa não estaria completa sem ele...
Eu fui dormir às 2 da manhã, mas o povo ainda cantava lá fora e não sei até que horas foram...
Havia uma preocupação no ar ontem, por conta da vó, mas parece que o esforço coletivo pra manter a alegria deu certo... Ao que parece todos estavam pensando igual.
Mais um Natal, mais uma festa maravilhosa e mais uma vez tudo PERFEITO. Minha vozinha certamente está feliz também.
Feliz Naal para todos.

domingo, 20 de dezembro de 2009

A notícia


-- Semana que vem terei uma novidade pra te contar.
-- (Olhar desconfiado) Vai deixar a gente? Você tá de brincadeira, não é!? Vai ficar só lá na outra escola? Vai me abandonar aqui?
-- Ei sua boba, nem abriu concurso de remoção...
-- Sei...
E foi assim que passei curiosa o fim de semana. Uma certeza estranha de que ela estava aprontando alguma.
Já na semana seguinte, segunda, aquela correria toda na escola, e no meio da confusão a notícia:
-- O Cosme passou no concurso pra professor da UTFPr...
Que alegria!!!! Afinal não é pra qualquer um. Mas o que se podia esperar dessa união perfeita entre a mais nobre das "humanas" com à base da "lógica". O Universo só tem uma escolha nesse caso: Conspirar totalmente à favor.
A alegria foi surpreendida pela continuação da notícia:
-- ... em Apucarana.
-- Eu sabia. Sabia que você ia embora pelo tom das palavras que saíram de sua boca. Meu coração não sabe bem o que sentir. Você sabe que estou feliz. Muito mesmo, afinal "UTFPr"!!!! Mas espero que esse sentido de solidão saia do meu coração em breve...
Olha, que Deus ilumine teus caminhos já que será uma mudança radical... E eu, aqui, estarei torcendo por você, pelo Cosme e pela pequenina Carol, que sempre terá um cantinho no coração da Tia Si.
Boa viagem, amiga.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Muralhas Tricolores

Esta semana é de comemoração para os gremistas, e eu não falo fazendo referência ao jogo do domingo passado.
Como diz o ditado popular, um time de futebol competitivo, começa a ser montado pela defesa. E é justamente isso que vamos comemorar. Victor, o nosso atual goleiro, foi eleito o melhor do Campeonato Brasileiro e Danrlei – nosso eterno ídolo – faz seu jogo de despedida dos gramados no próximo sábado.
Eurico Lara – único jogador citado no hino de um clube brasileiro – estaria orgulhoso de ver que seus sucessores são tão qualificados e eficientes quanto ele. Lara foi um excelente goleiro, tanto que foi titular do Grêmio durante 15 anos, mas acima de tudo era um guerreiro que acreditava no seu potencial, tanto que saiu do gramado direto para o hospital e dali só saiu morto. Sim é isso mesmo, Lara fechou o gol do Grêmio no 1º tempo do Gre-nal Farroupilha mesmo doente – dizem que ele tinha tuberculose.
Outro goleiro que jamais será esquecido pelos tricolores dos pampas é Geraldo Pereira de Matos Filho - o Mazarópi, pelos pés e obviamente pelas suas mãos passaram os títulos de campeão da Libertadores de 1983 e o Mundial do mesmo ano. Mazarópi estava presente no maior título do Grêmio e só por isso merece ser idolatrado.
O tempo passou e, no início da década de 90 surge no Grêmio um goleiro de nome no mínimo exótico: Danrlei. A passagem dele pelo clube foi de dar inveja, ganhou Copas do Brasil, campeonatos estaduais, brasileiros, libertadores, infelizmente perdeu o Mundial. Mas isso não faz da carreira dele no Grêmio menos brilhante.
Em um dos momentos mais difíceis e mais emocionantes da história do Grêmio surge o Galatto. Ele fez parte de um time que conseguiu que os gremistas voltassem a acrediar no Grêrmio e de dizer com todas as letras, eu tenho orgulho de ser gremista.
Hoje, nosso “arqueiro” Victor, é conhecido por suas defesas incríveis, para muitos surreais. Títulos? Isso ele ainda não conquistou, porém nunca duvide do Grêmio um time onde os atacantes raramente são os protagonistas.

Texto: Iasmine Eidelwein (mine)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Desapontamento


Faz dias que anda isso parado e eu estou com umtexto prontinho pra postar... Mas para hoje reservo com tristeza o espaço para o texto de uma amiga. Não, a tristeza não é pela amiga, mas pelo conteudo do texto. Sinto-me triste por tê-la levado ao estádio do Couto Pereira e deixado que ela presenciasse aquilo. Um grupo de vândalos que se intitulam torcedores mas que não são, invadiu o campo após o apito final dando um espetáculo de selvageria para o mundo. Pena que alguns pensam que o curitibano é assim...


"Como muitos aqui sabem, eu sou casada com um torcedor do coxa, e nesse final de semana resolvemos deixar nossa casa aqui em Florianópolis e torcer para o verdão.
No pré-jogo, muita animação da torcida do lado de fora, grande mobilização, torcedores pintando o rosto, pais com filhos pequenos.
Vi um senhor com um bebezinho de 6 meses, a esposa e uma criancinha.
Muita movimentação no Alto da Glória, mas nada de confusão, entrada totalmente sossegada no estádio. Muita organização, distribuição de "papel higiênico", bolas de sopro verde e branca e tal...
Ah, ficamos na arquibancada mesmo, do lado da Império Alviverde.
Entram os jogadores em campo, Green Heel de extintores, fiquei parecendo um doende verde!!! Fora da realidade, muita organização pra tudo funcionar na mesma hora!
O atraso do FLU, jogo nervoso, entretanto, EU NUNCA VI UMA TORCIDA DAQUELA! É impressionante como todo mundo, da criancinha ao vovô canta as musicas do time que, por sinal, são fáceis de apreender e pegam rápido. E não param um minuto sequer, mas não é o que acontece em nossa torcida, onde só canta a alma, ou só a Fanáutico, é aquela massa verde cantando e repetindo que ama o clube.
Jogo pegado, primeiro tempo foi muito mais pro coxa, segundo tempo mais equilibrado.
Tiveram muitas faltas não dadas, uma falta que merecia cartão vermelho prum jogador do Fluminense, arbitragem duvidosa...
O Binho tinha me falado dias antes: "Acho que se o coxa for rebaixado, vai dar merda!"
E não deu outra.
FIM DE JOGO! Vários torcedores do coxa, mais precisamente da IAV, invadiram o campo, como muitos viram. Inicialmente acho que havia pouco policiamento, deveria ter sido destacado um contingente maior de policiais.
Pedra, pau, ferro, cadeiras voando, papéis pegando fogo, cai um policial, vários torcedores machucados...
Resultado: Correria, desespero da maioria dos torcedores comuns, assim como eu, barulho de tiros que, por mais que fossem de borracha, machucam, como eu vi gente passar do meu lado ferida! Impossível não conter o choro de medo e desespero!!!! E a preocupação com meus familiares que sabiam que eu estava lá e estavam vendo aquilo na TV.
No corre-corre subimos para o segundo anel (vimos o jogo do primeiro), onde havia várias familia, amedrontadas como nós, sentadas esperando para poderem deixar o estádio.
Ora, mas como se lá fora era outro campo de batalha!? Estrondo de bombas, tiros!!! Momentos de verdadeiro horror!!! Depois de muito tempo no estádio esperando, conseguimos sair e voltar para o hotel sãos e salvos!!!
A torcida do coxa nao merecia ser traída por alguns idiotas, agora vão ser penalizados (merecidamente), pela culpa de poucos!!!
Acho que fica a lição!"
Mais do que medo ontem, senti vergonha. Vergonha por aqueles que deixaram de ser torcedores pra virar marginal. Merecem ser presos. Mais. Merecem ser banidos dos estádios pra sempre. É hora de torcedores de verdade terem sossego dentro dos estádios. Campo que temos alí é de futebol e não de batalha.


Texto em destaque: Ligia Arruda.