segunda-feira, 12 de maio de 2008

Deuses!?

Hoje de manhã tivemos "conselho de classe" na escola.
Ruim, eu não gosto de conselhos de classe, principalmente porque eles não serve para nada. Ou melhor, até servem: para julgar.
Não é esse meu papel como professora, isso acaba comigo, se antes eu me incomodo com a "burrocracia" do estado, nesse momento me incomoda a maneira como nós professores nos reunimos, falamos um monte de baboseiras em relação aos nossos alunos e não resolvemos os problemas deles em sala de aula. E pior, temos que escutar a pedagoga dizendo que "os números isso, os números aquilo".....
Quer falar em números, então tá: Qual o número de vezes que nós falamos com os alunos para fazerem a lição? Qual o número de vezes em que chamamos a família a razão? Qual o número de vezes que pedimos ajuda para a coordenação e recebemos um "não procede" ou "não me compete"?
Oras, Pilatos também lavou as mãos e disse ser o povo que é estava crucificado Jesus! Não, não estou me comparando, só estou triste por saber que mais uma vez, meu trabaho se resume a números ruins e má aprendizagem.... Mas, a cada vez que paro para me perguntar o que fazer, menos soluções eu enxergo. O que nossas crianças querem???? O que EU quero?
Somos apenas professores, não podemos, infelizmente, fazer milagres.

4 O que vocês pensam?:

Anônimo disse...

só dando uma passadinha pra deixar um oi! :)

aah e conheço bem esses dias de conselho de classe, se bem que hoje não foi tanto...aiushoiuahsiuah se é que vc entende Si!

beeeijo

Natália disse...

É uma situação polêmica esta do conselho, Simo!
Nunca fui a um conselho de classe como professora, e talvez tenha uma visão distorcida do assunto. Entendo que os conselhos são úteis se bem orientados. Os números são uma base boa para quantificarmos um trabalho tão qualitativo quanto é o do professor. Mas acho que não se limita a isso.

O conselho de classe deveria abranger angústias demonstradas por professores e pais quanto a educação dos alunos. Isso não é uma fórmula impossível, só que precisamos de professores-gestores, e não professores que agem como pais e mães trocando idéias sobre peripécias dos filhos. O trabalho de ensinar é gerir o conhecimento, e me parece que esta gestão falha em alguns momentos. Gestão inclui diagnóstico, planejamento, implementação e controle.

Eu tive excelentes professores-gestores, que colocavam uma turma inteira na mão, faziam e aconteciam em aulas e trabalhos e todos os alunos reclamavam, mas adoravam e aprendiam.
É o tal do pulso firme...

Simo disse...

Mas é esse pulso que firme que eu tento manter. Só que nossos "responsáveis" pela gestão escolar são pedagogos mal preparados e que infelizmente não acertam o passo com os professores.
Concordo que não deveríamos ser "pais e mães" dos nossos alunos, mas na falta deles o que fazemos? Lavamos as mãos?

Simo disse...

Lariiiii
Entendo mais do que perfeitamente o que vc diz!!