terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Cadeira vazia

Naquela cidadezinha hoje impera um arzinho fúnebre. Falta algo.
O vento parou de soprar. O sol sumiu entre a tristeza do povo. Existe no ar um cheiro de sal das lágrimas...

Todos os dias ele estava lá. O povo pasava e ele dava com a mão. As crianças riam e eles lhes ralhava ou ria para eles ou ainda deles...

Ele era o médico:

-- Seu Antonio, hoje tô com uma dorzinha aqui no ombro...

-- Faz uma compressa com essa planta. - e tirava uma planta do armário...

Ele era o professor:

-- Manoel, quantas vezes vou ter que ensinar como por o madeirame?

O ancião:

-- A benção seu Antonio!

A cidade praticamente girava em torno dele.

Hoje o vento parou. O sol sumiu. Existe o cheiro de sal...

A cadeira dele está vazia...

3 O que vocês pensam?:

Unknown disse...

Fico imaginando sempre muitas interpretações para esses teus textos enigmático, será que o meu raciocínio de "homem-médio" alcança?

Beijão!!!
Até segunda!!!

*Liginha

Natália disse...

Anda cheia de histórias!

Bjs!

Paula M. disse...

Adorei!!! Profundo e com sentimento!!
Adorei, mesmo lindo!!!

Bjs