domingo, 15 de maio de 2011

Engenho Feminino

Naquela tarde as três estavam passeando em torno do lago. Falavam sobre as coisas do trabalho e sobre como o tempo passava. Lá longe, na outra ponta do lago corria um moço.

Braços balançando no ritmo exato das passadas, calça de corrida, tênis azul e uma camiseta de igual cor suada da corrida... Meu olhar desvia sem querer pra ele e Paula nota instantaneamente fazendo o mesmo movimento. Sorrimos uma para a outra como se a ideia viesse de um cérebro pra outro.
Carina que ia distraída falando sem parar com um álbum de fotos na mão não percebe quando as duas diminuem o ritmo e a deixam alguns passos à frente... No momento exato chamam-na e ao virar-se dá o passo necessário para esbarrar no moço que vinha sentido contrário. Não houve solução que não o chão. Eu e Paula corremos com a maior cara de pau ajudar aos dois caídos, e percebemos que havia dado certo quando o moço ajudou Carina a levantar-se com o olhar mais concentrado do mundo.
Rimos uma para a outra como cúmplices e puxamos papo:
-- Machucou muito?
-- Nossa!! Que distração! Não percebemos você vindo...
Ele todo sorrisos dizia que tudo estava bem e que isso acontecia mesmo. E que ele também tinha culpa, afinal estava vendo – e bem – as moças vindo em direção contraria e no fim das contas ainda nos ofereceu um suco no deque mais adiante.
Eu e Paula nos divertimos muito vendo que a criatividade feminina pode fazer por uma amiga. Tiago – sim esse era o nome dele – nos deixou aquele dia com o telefone da Carina no celular dele e uma boa história pra contar.

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