segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Viagem pra casa

Esse final de semana pegamos o carro e saímos pela estradas. Tínhamos um rumo, mas não tínhamos pressa. O sol brilhava em cada canto da estrada, poucas eram as nuvens e se podia ver a linha do horizonte em qualquer direção que se olhasse.
Logo depois de uma curva nos deparamos com um imenso campo todo verde. Um verde que abusava de tão lindo. Foi como mágica. Nós dois tivemos a mesma reação. Ele parou o carro e eu peguei a máquina fotográfica... Procurei o melhor ângulo e bati a foto. Quando olhei pra ele vi o rosto do menino que conheci. As lembrança escorriam pela face de homem feito. Sorri para ele. Ele sorriu para mim. Sabia que eu estava dentro da cabeça dele, no mesmo pensamento.
Aquela nossa viagem havia sido planejada com cuidado, chegaríamos de surpresa. Avisamos a irmã dele para que ela desse um jeito de juntar o povo num almoço, mas tudo seria surpresa. Ele a muito havia saído de casa e os pais dele andavam a telefonar mais do que o freqüente.
Quando ele decidiu sair de casa para estudar foi uma confusão. O pai precisava do “braço” dele e a mãe nada podia fazer quanto a isso. Ele veio decidido a não voltar. E quando voltou, anos depois, foi para uma visita rápida e me apresentar. Dessa vez ele voltava para ficar mais uns dias. Ficaríamos hospedados na casa da irmã “cúmplice” do plano. Ela realmente estava contente com nossa ida e ele estava ansioso para ver os pais mais uma vez...
O milharal só aumentou a expectativa. Chamei-o para o carro de volta e olhei o mapa:
-- Ok, não vamos parar para o lanche, assim chegamos mais rápido...
-- Mang, não tínhamos pressa...
-- Sim. Não “tínhamos”... Vamos com cuidado, mas vamos logo...
Ele sorriu para mim. Beijou meus lábios e ligou o carro.
-- Vamos.
A palavra de hoje é de uma estreante: Carina Reis, uma amiga que conheci em um "outro tempo"...

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