quinta-feira, 24 de novembro de 2011

De Vento em Popa


Finalmente depois de um período longo de correrias no trabalho aproveito o fim de semana chuvoso e desço para a casa de praia. Pego o livro que comprei há 2 meses que não consegui nem sequer dar uma olhadela e vou com ele para a beira mar.

Sento, fecho os olhos e sinto o vento vindo do mar. O som das ondas batendo e o cheiro do sal... Concentro por uns segundos e abro o livro começando a leitura...

Algumas páginas adiante há o desenho de um barco. Um grande veleiro com velas estufadas. Num repente me vejo dentro dele. A vida é assim. Hoje estamos navegando. O vento não sopra e o marasmo da mesmice do mar te envolve. A rotina da vida, do dia a dia te transforma aos pouco num marujo cansado e depressivo. Como um aviso dos céus, uma lufada de vento move as velas, os marujos sentem o cheiro diferente vindo e o capitão imediatamente deixa a cabine para dar as ordens necessárias...

Então, a vela estufa e o barco começa a desenvolver cada vez mais veloz. Os ventos bons acompanham o barco e a vida à bordo se agita e multiplica. A felicidade se espalha e os desejos de novos rumos afloram...

Sorrio por saber que os ventos agora sopram nas minhas velas...

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