terça-feira, 10 de junho de 2008

Medo

Engraçado como muitas coisas dão medo na gente. Aranha, cair enquanto caminha (rsrs), não dar conta do serviço, decepcionar pessoas...

Mas confesso que existe um medo que acho que não tenho, o da Perda. Não sei bem porque, mas acho que perder é algo que não existe no meu vocabulário, não no sentido literal da palavra de se perder algo material tipo uma borracha, ou um papel que se quer muito, ou os óculos novinhos que nem foram pagos ainda! Não, perda no sentido sentimetal mesmo. Sabe aquele medo tipo a gente sente quando alguém morre e tals...

Não sei. Acho que acredito em coisas além da perda. Sei por exemplo que meu tio Kiko (Francisco Claudio) está mais perto de mim do que nunca. Sei que meu bisavô juca, que eu tive a honra de conhecer quando pequenina, está me cuidando. Sei que a nona Angelita (mulher do Juca) continua fazendo seus bolinhos de chuva maravilhosos recheados com goiabada (vc precisam experimentar) e sempre achando que "na serra deu poucos beijinhos esse ano". Meu avô Donato, o paraguayo mais famoso de Ponta Grossa, que me dava sorvete na casquinha e me exibia para os clientes: "Assim que se toma sorvete!". E eu tinha no máximo uns 5 anos quando ele morreu. Minha vozinha Aida ("Eita carajo"), que no tempo que estive em Ponta Grossa pude "reaproveitar" um pouquinho...

Sabe do que tenho medo de verdade. De não aproveitar das pessoas. Não curtir os sentimentos que tenho por elas enquanto estão por aqui. De num repente me dar conta de que podería ter feito mais do que fiz. Amar é tão intenso que não pode ficar escondido dentro da gente, mesmo no "silêncio" ele se manifesta. O medo de não saber amar da maneira mais pura é o que me consome. A morte, amigos, chega para todos, mas o amor não.

Tudo o que sabemos da morte é o que acreditamos por fé. Ou por falta dela. A uns consola, a outros desola. Mas acho que o quero dizer é, não tenha medo das perdas, mas sim de não viver intensamente cada momento. Nunca, nunca ouviu, se perde algo que se viveu intensamente. E se você não viveu intensamente? Bem, então não perdeu algo que nunca foi seu!

4 O que vocês pensam?:

Anônimo disse...

Sima,
Nossa!!! que legal seu blog, nunca gostei. Mas lendo o seu, vi q da pra se fazer um bem maneiro. Li desde que te deu uma inveja e criou um... hehehehe até o MEDO. E gostei, mt especialmente, de alguns, dakele que cita a sua profissao, dos desencontros do cotidiano, onibus, festas, despertadores, viagens, musicas, chuva, sol e etc... O bloger deve ser um meio de informação, de conhecer um pouco da pessoa e lendo os seus textos te vi! parece q estou falando com vc (talves pq tivessemos conversando, mas as lembranças do Escoteiro, no dia do Escoteiro me emocionou)....

Mt legal...sempre passarei por aki e vou fazer um pra mim tb. rs

Gui

Simo disse...

É bom quanto somos contagiantes. Adorei que nos vimos. Vc lembre-se que ainda tenho direitos de madrinha. Amo vc! vamos fazer um acordo de não sumiço?!

Natália disse...

Lindo o texto de hoje. Realmente...a morte chega para todos, mas o amor não.

Vou pensar nisso!
Beijos!

Anônimo disse...

o medo... para a pessoa mais medrosa do mundo (exageero!)... EU! hehe.. tenho medo do escuro junto com o silêncio.. acho q os dois separados não me assustam! tenho medo de andar na rua à noite, ou numa manhã chuvosa... Mas sabe, os nossos medos são parecidos... tenho medo, não da morte, mas sim de que, na hora q ela chegue (seja pra mim ou pessoas queridas) eu não tenha dito ou feito td que queria.. o AMOR, como vc fala... é o que motiva tudo e todos.. o trabalho.. a família.. e td mais!! sem amor nada existe verdadeiramente...

simo.. e eu?? AMO MUITO vc!!!

beijos